Cólicas menstruais são normais?
Cerca de 70% das mulheres sofre de cólica menstrual, uma dor que merece atenção durante a menstruação. Ela pode ter uma causa patológica por trás (5% dos casos) como uma doença inflamatória pélvica, endometriose, adenomiose, presença de miomas, nódulos, cistos, má formações uterinas, ou ser decorrente das alterações hormonais do ciclo menstrual.
Quando ocorre no primeiro dia da menstruação e cede ao uso de anti-inflamatórios ou medicações que relaxam a musculatura do útero é mais fácil administrar, mas ao menos metade das mulheres em idade fértil sentem dores muito intensas e acompanhadas de outros sintomas.
Ao final do ciclo menstrual, os hormônios sexuais estrogênio e progesterona têm sua secreção reduzida, gerando a produção de prostaglandinas – substâncias responsáveis pela contração do útero e eliminação do conteúdo menstrual. Elas são parte da cascata de inflamação e por isso provocam dor durante a menstruação.
Ainda temos o estímulo e a contração de outros órgãos como intestino e estomâgo, por isso algumas mulheres sentem náuseas, vômitos e até diarréia.
Normalmente a intensidade dos sintomas está associada à síndrome pré menstrual ou, em menor escala, à uma herança genética. Ela pode ser minimizada pela reposição de algumas vitaminas como a E e/ou a B6; controle dos níveis de serotonina; realização de atividades físicas regulares, mas principalmente pelo controle dos estímulos hormonais.
Mulheres com síndrome pré menstrual têm tendência a produzir muito estrogênio em detrimento da progesterona; ou simplesmente produzem pouca progesterona. Assim, o controle desses picos hormonais nas fases que antecedem a menstruação pode minimizar os sintomas de dor.
Em geral, a sugestão dada para o controle hormonal é justamente o bloqueio total da ovulação com o uso das pílulas anticoncepcionais, mas esta opção apresenta efeitos deletérios e não deveria ser abordada como única alternativa. Cada organismo tem suas necessidades, por isso um tratamento com uma investigação profunda é extremamente necessária.
Informe-se! Procure o tratamento que se adeque a você e seja feliz com menos dor!